Crianças de até 4 anos no Rio são afetadas por síndrome respiratória
Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e de Vírus Respiratório, divulgados nesta quarta-feira (22) pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), mostram que as internações por SRAG não causadas por covid-19 estão em alta, principalmente em crianças com até 4 anos. A análise sugere que o número de internações é ainda maior quando considerados os casos não registrados no sistema. O Panorama SRAG avaliou as semanas epidemiológicas entre 21 de abril e 11 de maio.
A equipe de Vigilância do Centro de Inteligência em Saúde utiliza um modelo estatístico chamado nowcasting, que considera os casos com atraso de notificação para estimar o total esperado para um determinado período. A estimativa para a semana epidemiológica 17 foi de 519 casos, com 406 já registrados no sistema; para a semana 18, a estimativa foi de 540 casos, com 343 registrados; e para a semana 19, o modelo apontou 505 casos estimados, com 277 registrados.
“Estamos em um momento de alerta e atenção redobrada. Embora o número de registros não ultrapasse o limite máximo de casos esperados, o modelo nowcasting sugere que estamos próximos deste limite, conhecido como canal endêmico. É essencial que a população se vacine contra a Influenza, um dos principais vírus que causam casos graves de síndrome respiratória”, alerta Luciane Velasque, superintendente de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde da SES.
O programa também analisa os tipos de vírus que predominam nas diversas faixas etárias dos pacientes internados e as solicitações de leitos feitas por meio do Sistema Estadual de Regulação. As crianças com idade até 4 anos seguem como a faixa etária com maior número de internações. Entre elas, os principais agentes infecciosos são o Vírus Sincicial Respiratório (34,96%) e o Rinovírus (17,55%). Entretanto, as solicitações de leitos para este público estão em queda, passando de 304 na semana epidemiológica 17, para 292 na semana 18, e chegando a 250 na semana 19.
Para quem tem 80 anos ou mais, o percentual de internações por SRAG também está em declínio, com a permanência do vírus Influenza do tipo A (14,39%) e do Rinovírus (14,05%).
