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Jornal Opinião Goiás – Brasileiros deixam de resgatar R$ 7,52 bilhões em recursos financeiros, revela Banco Central

Até o final de outubro, os brasileiros ainda não sacaram cerca de R$ 7,52 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro, conforme divulgado nesta quinta-feira (7) pelo Banco Central (BC) em Brasília. Até o momento, o Sistema de Valores a Receber (SVR) efetuou o retorno de R$ 5,31 bilhões de um montante total de R$ 12,83 bilhões disponibilizado pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR, divulgadas com uma defasagem de dois meses, indicam que, até o fim de outubro, apenas 27,85% dos 60.492.862 correntistas listados desde o início do programa, em fevereiro do ano passado, realizaram o resgate, totalizando 16.847.044 beneficiários.

Dentre os que já retiraram os valores, 16.035.064 são pessoas físicas e 811.980 são pessoas jurídicas. Entretanto, 40.583.355 pessoas físicas e 3.062.463 pessoas jurídicas ainda não efetuaram o resgate.

A maioria dos valores não resgatados refere-se a quantias pequenas, sendo que 62,98% dos beneficiários têm direito a valores de até R$ 10. Já entre R$ 10,01 e R$ 100, correspondem a 25,71% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,64%, enquanto apenas 1,68% têm direito a valores superiores a R$ 1 mil.

Após quase um ano fora de operação, o SVR foi reaberto em março de 2023, introduzindo novas fontes de recursos, um sistema de agendamento reformulado e a opção de resgate de valores de pessoas falecidas. Em março, R$ 505 milhões foram resgatados, enquanto em outubro, o montante foi de R$ 178 milhões, registrando uma queda em relação ao mês anterior, quando R$ 264 milhões foram recuperados.

A atual fase do SVR traz melhorias significativas, como a impressão de telas e protocolos de solicitação para compartilhamento no Whatsapp, além da inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Uma sala de espera virtual foi implementada, permitindo que todos os usuários consultem no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou fundação da empresa.

Outra novidade é a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais. O sistema também oferece mais transparência para contas conjuntas, permitindo que ambos os titulares visualizem informações como valor, data e CPF da pessoa que fez o pedido de resgate.

O SVR agora abrange fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado, como contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas, e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

No entanto, o Banco Central alerta os correntistas sobre golpes de estelionatários que afirmam intermediar supostos resgates de valores esquecidos. Ressalta-se que todos os serviços do Valores a Receber são gratuitos, e o BC não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou confirmar dados pessoais. A instituição financeira indicada na consulta do Sistema de Valores a Receber é a única autorizada a entrar em contato com o cidadão, sendo crucial evitar fornecer senhas ou informações pessoais a terceiros não autorizados.

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