Governo de Goiás Estende Emergência Sanitária para Influenza Aviária
No último dia 15 de janeiro, o Governo de Goiás anunciou a prorrogação da situação de emergência zoossanitária no estado, destinada a prevenir a disseminação da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP-H5N1). O Decreto nº 10.393, publicado no Suplemento do Diário Oficial do Estado (DOE), estende essa medida preventiva por mais 180 dias, a partir de 30 de janeiro.
A ação tem como objetivo permitir que a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) intensifique as ações de conscientização, prevenção, monitoramento e combate à gripe aviária em todo o território goiano.
Até o momento, Goiás não registrou nenhum caso de Influenza Aviária, seja em aves silvestres, de subsistência ou em granjas comerciais. O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, enfatizou o sucesso das ações de conscientização junto aos produtores e ressaltou a importância da prorrogação da emergência zoossanitária para fortalecer as medidas de prevenção.
Além disso, a Agrodefesa obteve mais de R$ 2,2 milhões do Ministério da Agricultura e Pecuária para ações preventivas contra a Influenza Aviária em Goiás. O estado mantém uma situação epidemiologicamente confortável em comparação com outros estados brasileiros, mas é fundamental manter os esforços tanto do setor público quanto dos produtores para prevenir a entrada da doença.
Com a prorrogação do decreto de emergência, o estado manterá condições para processos simplificados e ágeis para evitar a entrada da doença em Goiás. O gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Rafael Vieira, destacou a importância da colaboração dos avicultores na adoção das medidas preventivas recomendadas.
A Instrução Normativa nº 10/2023 estabelece orientações para estabelecimentos comerciais avícolas e estabelece o prazo de 31 de janeiro para o registro ou recadastramento desses estabelecimentos na agência.
A Influenza Aviária é uma doença causada por vírus que pode ser transmitida pelo ar, água, alimentos e materiais contaminados, bem como pelo contato com aves doentes e aves silvestres. Não há risco de transmissão da doença pelo consumo de carne e ovos, uma vez que esses produtos passam por tratamento térmico que inativa o vírus.
Até o dia 16 de janeiro de 2024, foram monitoradas mais de 2.500 suspeitas de IAAP-H5N1, com 151 casos confirmados em animais silvestres e aves de subsistência em vários estados brasileiros. A prorrogação da emergência sanitária visa garantir que Goiás permaneça livre dessa doença altamente contagiosa para a avicultura nacional.