Campanha Janeiro Roxo visa conscientizar sobre o diagnostico precoce da hanseníase
No contexto do Dia Mundial de Combate e Prevenção à Hanseníase, comemorado em 28 de janeiro, o Governo de Goiás, através da Secretaria de Estado da Saúde, destaca a crucialidade do diagnóstico antecipado da hanseníase. Esta medida é vital para prevenir o agravamento desta doença infecciosa, capaz de causar incapacidades físicas duradouras. A iniciativa Janeiro Roxo visa educar a população, eliminando o preconceito e o estigma associados à condição. Em Goiás, foram registrados 773 casos no último ano.
A hanseníase se propaga principalmente através do contato prolongado com indivíduos infectados, ainda não tratados, por meio das vias respiratórias. Os sintomas mais frequentes incluem manchas na pele, alterações na sensibilidade ao calor, ao frio e ao tato, danos a nervos periféricos, diminuição de pelos e suor, e nódulos avermelhados e dolorosos na pele.
Ana Lúcia Maroccolo, dermatologista e especialista em hanseníase da SES, alerta sobre a importância de procurar assistência médica ao notar sintomas como insensibilidade ao toque, alterações de temperatura, formigamentos, câimbras, ou perda de força muscular. Aproximadamente 8% dos casos são diagnosticados tardiamente.
Observou-se uma redução no número de casos em Goiás, de 1.395 em 2019 para 773 em 2023. Esta diminuição pode ser parcialmente atribuída à menor frequência de diagnósticos durante a pandemia de Covid-19.
Em 2022, o Sistema Único de Saúde incorporou novos testes de diagnóstico precoce, desenvolvidos pela Universidade Federal de Goiás. Estes testes são especialmente indicados para pessoas que convivem ou conviveram nos últimos cinco anos com pacientes diagnosticados com hanseníase.
Goiás foi o primeiro estado a adotar esses testes rápidos. Em 2023, recebeu 3.440 unidades do Ministério da Saúde, e já planeja a distribuição de um número igual de testes em 2024.
Além disso, o governo estadual promove capacitações contínuas, colaborando com municípios goianos. Um projeto notável, iniciado em 2020 em parceria com a UFG e o Ministério da Saúde, foca na formação de profissionais de saúde em diagnóstico clínico e avaliação neurológica da hanseníase, visando aprimorar o diagnóstico, tratamento e gestão das complicações da doença.