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Brasil e Argentina firmam acordo histórico para transferência de tecnologia em vacina contra febre amarela

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) anunciou oficialmente o compartilhamento dos métodos de produção da vacina contra a febre amarela com laboratórios públicos argentinos. Este acordo inovador foi consolidado por meio de um termo de compromisso entre o instituto brasileiro e a Administração Nacional de Laboratórios e Institutos de Saúde Dr. Carlos Malbrán (ANLIS), marcando um marco significativo na colaboração internacional na área da saúde.

A Fiocruz, reconhecida como um dos quatro produtores mundiais pré-qualificados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a vacina contra a febre amarela, desempenha um papel crucial no fornecimento desses imunizantes para diversos países da América Latina, Caribe e África, através das agências das Nações Unidas. Desde 2002, o laboratório brasileiro já exportou mais de 7 milhões de doses da vacina para a Argentina, onde a febre amarela também é endêmica.

A cerimônia de assinatura do termo contou com a presença das ministras da Saúde do Brasil e da Argentina, assim como diretores representantes de ambas as instituições. O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, descreveu o acordo como histórico, destacando a importância da Fiocruz em compartilhar conhecimento e tecnologia com um país parceiro, contribuindo para a cooperação Sul-Sul e vislumbrando oportunidades futuras para o desenvolvimento de uma rede de produção regional de vacinas na América Latina.

A febre amarela é uma doença endêmica tanto no Brasil quanto na Argentina, e a introdução da vacinação em áreas de risco na Argentina ocorreu em 2002, com o fornecimento contínuo do imunizante por parte de Bio-Manguinhos desde então. Mauricio Zuma, diretor de Bio-Manguinhos, expressou satisfação em expandir a colaboração, enfatizando o orgulho em contribuir para a jornada argentina em direção à autonomia na produção dessa vacina vital.

Apesar da formalização do compromisso, a assinatura de um contrato de transferência de tecnologia entre as instituições ainda é necessária para detalhar todas as etapas do processo e estabelecer um cronograma.

A ANLIS Malbrán, estabelecida em 1893 e reconhecida como uma instituição de referência em pesquisa, produção, diagnóstico e vigilância ligada ao Ministério da Saúde da Argentina, celebrou esse avanço significativo. Para Pascual Fidelio, diretor da ANLIS, essa transferência representa um passo inicial para potenciais colaborações futuras não apenas em vacinas, mas também em kits diagnósticos, fortalecendo a cooperação entre as instituições em prol da saúde pública.

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