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Otimismo no mercado: Expectativas de crescimento econômico do Brasil para 2023 sobem para 2,92%

Brasília – O mercado financeiro ajustou suas previsões para a economia brasileira, elevando a estimativa de crescimento para 2023 de 2,84% para 2,92%, conforme revelado pelo último boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (11) pelo Banco Central (BC). Esta revisão otimista se baseia em dados atualizados sobre os principais indicadores econômicos do país.

Para 2024, as previsões mantêm-se cautelosas, com uma expectativa de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,51%, enquanto para os anos de 2025 e 2026, o mercado aposta numa expansão estável do PIB em torno de 2%.

Este otimismo vem na esteira de um crescimento modesto, mas significativo, de 0,1% no terceiro trimestre de 2023, comparado ao trimestre anterior, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com um acúmulo de 3,2% ao longo do ano, o PIB alcançou o patamar mais alto desde o início dos registros, superando em 7,2% os níveis pré-pandemia de final de 2019.

Inflação e Política Monetária

O mesmo boletim Focus trouxe uma ligeira redução na projeção da inflação para 2023, passando de 4,54% para 4,51%. As expectativas para os próximos anos também foram ajustadas, fixando-se em 3,93% para 2024 e 3,5% tanto para 2025 quanto para 2026. Apesar do decréscimo, a estimativa para este ano ainda supera o centro da meta de inflação do BC, definida em 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

O BC, em seu último Relatório de Inflação, indicou uma probabilidade de 67% de que a inflação ultrapasse o teto da meta em 2023. Mesmo com esta perspectiva, a previsão de inflação para 2024 ainda se mantém dentro dos limites toleráveis.

Os ajustes de outubro no IPCA refletiram principalmente o aumento nos preços das passagens aéreas, resultando em uma inflação mensal de 0,24%, abaixo da taxa de setembro. A inflação acumulada no ano atingiu 3,75%, com o índice dos últimos 12 meses registrando 4,82%.

Taxa de Juros e Perspectivas Futuras

Para conter a inflação, o Banco Central tem utilizado a taxa Selic como seu principal instrumento. Atualmente definida em 12,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), espera-se que esta taxa sofra um corte de 0,5 ponto percentual na próxima reunião, potencialmente encerrando o ano em 11,75%.

Desde março de 2021 até agosto de 2022, a Selic passou por 12 aumentos consecutivos em resposta à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis, chegando a 13,75% ao ano. Após um período de estabilidade, o Banco Central iniciou um ciclo de cortes para estimular a produção e o consumo em meio à pandemia.

Os analistas projetam uma continuação dessa tendência de redução, com a Selic possivelmente atingindo 9,25% ao ano no final de 2024 e 8,5% nos anos subsequentes.

A política de taxas de juros do Copom visa equilibrar a demanda aquecida e seus efeitos sobre a inflação. Reduções na Selic tendem a baratear o crédito, incentivando produção e consumo, enquanto aumentos visam conter a expansão econômica excessiva.

Cotação do Dólar

Encerrando o panorama econômico, a previsão atual do mercado financeiro para a cotação do dólar é de R$ 4,95 para o fim deste ano, com a expectativa de um leve aumento para R$ 5 até o final de 2024.

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