Mercado financeiro eleva previsão de crescimento econômico para 2,09% em 2024

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira em 2024 foi revisada de 2,05% para 2,09%, conforme o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central (BC). O boletim é uma pesquisa semanal que reúne as projeções dos principais indicadores econômicos.

Para 2025, espera-se um crescimento de 2% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. As mesmas projeções de 2% de crescimento anual se aplicam para 2026 e 2027.

Em 2023, o crescimento econômico do Brasil superou as expectativas, alcançando 2,9% com um PIB total de R$ 10,9 trilhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, a economia cresceu 3%.

O mercado projeta que o dólar fechará 2024 cotado a R$ 5,00, e a R$ 5,05 no fim de 2025.

Inflação

Segundo o boletim Focus, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, foi ajustada de 3,72% para 3,76% em 2024. Para 2025, a projeção é de 3,66%, e para 2026 e 2027, a expectativa é de 3,5% ao ano.

A previsão de inflação para 2024 está dentro do intervalo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, resultando em um intervalo de 1,5% a 4,5%. Para 2025 e 2026, a meta de inflação também é de 3%, com a mesma tolerância.

Em abril, a inflação no país foi de 0,38%, pressionada pelos preços dos alimentos e pelos gastos com saúde e cuidados pessoais, acima dos 0,16% registrados no mês anterior, mas abaixo dos 0,61% de abril de 2023. Em 12 meses, o IPCA acumula uma alta de 3,69%.

Taxa de Juros

Para atingir a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 10,5% ao ano, conforme decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). A recente alta do dólar e o aumento das incertezas econômicas levaram o BC a diminuir o ritmo de cortes na Selic de 0,5 ponto percentual para 0,25 ponto.

Entre março de 2021 e agosto de 2022, o Copom aumentou a Selic 12 vezes consecutivas para conter a alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. De agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano. Com a estabilização dos preços, o BC iniciou os cortes na Selic.

Antes do ciclo de alta, a Selic havia sido reduzida para 2% ao ano, o nível mais baixo da série histórica desde 1986, em resposta à contração econômica gerada pela pandemia de covid-19. A taxa permaneceu nesse patamar de agosto de 2020 a março de 2021.

Para o mercado financeiro, a Selic deve fechar 2024 em 9,75% ao ano, cair para 9% ao ano em 2025, manter-se nesse nível em 2026 e diminuir para 8,63% ao ano em 2027.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda, elevando os custos do crédito e incentivando a poupança, o que tende a controlar os preços. Porém, taxas de juros mais altas também podem dificultar o crescimento econômico. Por outro lado, quando a Selic é reduzida, o crédito fica mais barato, incentivando a produção e o consumo, o que pode estimular a atividade econômica e diminuir o controle sobre a inflação.

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