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Mercado ajusta previsão de inflação em leve queda para 2023

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado a inflação oficial do país, sofreu um ajuste, reduzindo-se de 4,51% para 4,49% para este ano. Essa revisão foi divulgada no Boletim Focus desta segunda-feira (18), uma pesquisa semanal realizada em Brasília pelo Banco Central (BC), que compila as expectativas das instituições financeiras em relação aos principais indicadores econômicos.

Em relação aos próximos anos, as projeções se mantêm estáveis, com 3,93% de inflação prevista para 2024, e 3,5% tanto para 2025 quanto para 2026. No entanto, é importante notar que a estimativa para 2023 está acima do centro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, situando-se entre 1,75% e 4,75%.

De acordo com o Banco Central, há uma probabilidade de 67% de o índice oficial de inflação exceder o limite superior da meta em 2023. Além disso, a projeção para a inflação em 2024 também está acima do centro da meta, que é de 3%, embora ainda esteja dentro da faixa de tolerância de 1,5 ponto percentual.

O aumento dos preços dos alimentos em novembro teve um impacto significativo no índice de inflação, com o IPCA registrando 0,28%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa taxa foi superior à observada em setembro, que apresentou um aumento de 0,24%. No acumulado do ano, a inflação atingiu 4,04%, e nos últimos 12 meses, o índice está em 4,68%.

Para controlar a inflação, o Banco Central tem usado a taxa básica de juros, conhecida como Selic, atualmente fixada em 11,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Após uma série de reduções no primeiro semestre, os juros voltaram a subir na segunda metade do ano, como previsto por economistas. O Copom anunciou sua quarta redução consecutiva na última reunião do ano, com um corte de 0,5 ponto percentual, e indicou que continuará a implementar novos cortes nas próximas reuniões, dependendo do comportamento da inflação no primeiro semestre de 2024.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 9,25% ao ano. O primeiro encontro do Copom em 2023 está agendado para 30 e 31 de janeiro. Para os anos de 2025 e 2026, a previsão é de que a Selic fique em 8,75% ao ano e 8,5% ao ano, respectivamente.

Essas mudanças na taxa Selic têm um impacto significativo na economia, afetando tanto o custo do crédito quanto o estímulo à produção e ao consumo. Portanto, o Banco Central continuará monitorando de perto a situação econômica para tomar decisões futuras em relação à taxa de juros.

Além disso, as projeções do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro apontam para uma expansão de 2,92% neste ano e de 1,51% em 2024. Para os anos de 2025 e 2026, espera-se um crescimento de 2%. No terceiro trimestre deste ano, a economia brasileira cresceu 0,1% em relação ao segundo trimestre, resultando em um aumento acumulado de 3,2% nos primeiros nove meses do ano. Isso coloca o PIB em seu nível mais alto desde o início da pandemia, registrando um aumento de 7,2% em relação aos últimos três meses de 2019.

Por fim, a previsão para a cotação do dólar é de R$ 4,93 para o final deste ano, com uma expectativa de R$ 5 para o final de 2024.

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