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Imparável declínio: IGP-M de 2023 registra seu pior desempenho na história

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), cujo cálculo é conduzido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), encerrou o ano de 2023 com uma notável queda de 3,18%. Esse resultado, divulgado nesta quinta-feira (28), marca um marco na série histórica do IGP-M, estabelecendo 2023 como o ano com o menor índice já registrado. No mês de dezembro, o índice apresentou uma variação de 0,74%.

Popularmente conhecido como “inflação do aluguel”, o IGP-M é amplamente utilizado para calcular os reajustes anuais em contratos de aluguel.

O desempenho de 2023 representa uma reviravolta notável em relação aos anos anteriores, uma vez que o índice havia encerrado 2020 em 23,14% e permaneceu em patamares de dois dígitos em 2021, atingindo 17,78%. No ano passado, houve uma desaceleração, indicando uma inflação menor, porém ainda positiva, com um índice de 5,45%.

O cálculo do IGP-M leva em consideração três grupos de preços: o índice de preços ao produtor, o índice de preços ao consumidor e o índice nacional de custo da construção.

O maior impacto foi registrado no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que apresentou uma redução de 5%, também representando a menor taxa já registrada. Dentro deste componente, os principais contribuintes para a deflação foram os preços da soja (-21,92%), milho (-30,02%) e óleo diesel (-16,57%).

Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de 2023, que afeta diretamente as famílias, encerrou o ano com um aumento de 3,4%. Os principais impulsionadores dessa alta foram os preços da gasolina (11,08%), planos de saúde (10,36%) e aluguel residencial (7,15%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) fechou 2023 com um aumento de 3,32%.

É importante notar que, embora o IGP-M seja comumente conhecido como o indicador da inflação do aluguel, um resultado negativo não garante necessariamente uma redução nos contratos de aluguel. Isso ocorre porque alguns contratos incluem cláusulas que estipulam o “reajuste conforme a variação positiva do IGP-M”, o que significa que só ocorrerá um reajuste se o índice for positivo na prática.

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