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Conectividade no Brasil: Apenas um quinto dos cidadãos possui acesso de qualidade à internet

A conexão de qualidade ainda é um privilégio para poucos no Brasil. Segundo um estudo recente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), apenas 22% dos brasileiros acima de 10 anos desfrutam de condições de conectividade satisfatórias. Em contraste, 33% enfrentam os níveis mais baixos de acesso, marcados por condições precárias.

A pesquisa revelou discrepâncias significativas no acesso à internet, particularmente entre grupos raciais e socioeconômicos. Pretos e pardos, assim como indivíduos das classes D e E, enfrentam maiores desafios, especialmente nas regiões Norte e Nordeste e em cidades menores.

O estudo, intitulado “Conectividade Significativa: propostas para medição e o retrato da população no Brasil”, apresenta um novo olhar sobre a qualidade do acesso digital através de variáveis como o custo, a diversidade de dispositivos, a velocidade da conexão e a frequência de uso.

Embora 84% dos brasileiros já utilizem a internet, a realidade do acesso é desigual. Graziela Castello, coordenadora do levantamento pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br/NIC.br), destaca que muitos jovens, por exemplo, só podem acessar a internet via celular, e frequentemente ficam sem dados antes do mês acabar, o que representa um obstáculo significativo.

O relatório também aponta que as mulheres e idosos estão particularmente vulneráveis à exclusão digital. Enquanto os homens mostram melhores índices de conectividade, as mulheres e pessoas com 60 anos ou mais têm menos acesso às faixas mais altas de conectividade significativa.

Desde 2017, houve uma diminuição na disparidade de acesso, com uma redução dos que estão nos níveis mais baixos de conectividade e um aumento dos que estão nos níveis mais altos. Graziela atribui essa melhoria ao aumento da oferta de planos de internet mais robustos e às mudanças nos padrões de uso durante a pandemia.

Para avançar na inclusão digital, o estudo sugere que as políticas públicas considerem fatores como o custo, a disponibilidade de dispositivos, a qualidade da conexão e os ambientes de uso, levando em conta as diversidades sociais, econômicas e regionais do país.

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