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Capacitação em Vigilância: Sesai Fortalece Combate à Malária em Distritos Indígenas

A Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) intensifica sua ação contra a malária, promovendo a Oficina de Microplanejamento para Controle e Erradicação da Doença nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). O foco é capacitar profissionais para a vigilância em 25 DSEIs prioritários, abrangendo regiões críticas como Araguaia, Tocantins, Xavante, e outras.

A oficina, que ocorre de segunda-feira (11) a quarta-feira (13), visa fornecer expertise às chefias das divisões de Atenção à Saúde Indígena (Diasis), pontos focais e técnicos de vigilância em malária. Com duas turmas, totalizando 90 participantes, o evento é uma resposta direta à necessidade urgente de combater essa doença infecciosa febril aguda.

A malária, causada pelo protozoário Plasmodium e transmitida por mosquitos Anopheles, apresenta sintomas como calafrios, febre e sudorese, além de complicações graves em gestantes, crianças e primoinfectados. O ministério enfatiza a importância de uma abordagem médica precoce, considerando que o Plasmodium falciparum é responsável pela maioria dos casos letais.

No contexto brasileiro, 11 das 400 espécies de mosquitos Anopheles têm importância epidemiológica na transmissão da malária, com destaque para o An. Darlingi, amplamente distribuído no território nacional, exceto em áreas específicas como o sertão nordestino e regiões acima de mil metros de altitude.

Os povos indígenas enfrentam um risco dobrado de contrair malária em comparação com não indígenas na região amazônica, de acordo com dados da Sesai. A dificuldade de acesso e questões socioculturais complicam o diagnóstico e tratamento, contribuindo para o aumento de casos e a mudança no perfil epidemiológico.

Entre 2018 e 2020, observou-se um aumento de 38,2% nos casos de malária em áreas indígenas. Dos 34 distritos indígenas, 21 relataram casos da doença em 2022, sendo que quatro estão em áreas endêmicas. Os DSEIs Yanomami, Alto Rio Negro, Rio Tapajós, Médio Rio Solimões, Afluentes e Vale do Javari também enfrentam um aumento nos casos, exigindo uma resposta urgente e coordenada para mitigar a propagação da malária.

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