Taxa do lixo em Goiânia: Prefeito Rogério Cruz sanciona medida articulada por Sandro Mabel e enfrenta rejeição histórica

Com pareceres técnicos favoráveis e articulação política de Sandro Mabel, a sanção da taxa do lixo gera forte repercussão e descontentamento em Goiânia.

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Por Gil Campos: Goiânia, 20 de dezembro de 2024 – O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (SD), sancionou nesta sexta-feira (20) a controversa taxa do lixo, articulada pelo futuro prefeito Sandro Mabel (UB) e aprovada pela Câmara Municipal. A medida enfrenta forte rejeição popular, com 85% da população contrária, segundo apontado em enquete realizada pelo Opinião Goiás.

Sanção baseada em parecer técnico

O parecer da Procuradoria Geral do Município (PGM), assinado pelo procurador-chefe de Assessoramento Jurídico, Rafael de Oliveira Caixeta, apontou “não haver óbices jurídicos” à sanção do autógrafo de lei. Com isso, a Casa Civil acatou a análise, permitindo a sanção em tempo hábil para que a cobrança da taxa comece em abril de 2025, conforme o princípio da anualidade tributária.

Rogério Cruz afirmou que seguiu as recomendações técnicas para evitar qualquer tipo de irregularidade legal. “Se a Procuradoria disser que está OK, eu assino. Caso contrário, reanalisaria com os vereadores e Mabel”, declarou antes da sanção.

O papel de Sandro Mabel

Sandro Mabel, que assume a prefeitura em 2025, foi figura central no processo. Ele articulou o desarquivamento do projeto na Câmara e apresentou alterações ao texto original, garantindo sua aprovação. Enquanto isso, Mabel e aliados estratégicos permaneceram distantes do foco principal das críticas, deixando Rogério Cruz como alvo da insatisfação popular.

Rejeição popular e reação pública

A sanção da taxa do lixo gerou ampla repercussão negativa entre os moradores de Goiânia, que já enfrentam uma carga tributária elevada e serviços públicos insuficientes. Para a população, a taxa é um reflexo de má gestão e de um distanciamento das lideranças políticas em relação às reais necessidades dos goianienses.

Análise crítica

A decisão de Rogério Cruz levanta questões importantes sobre a prioridade dada aos interesses políticos em detrimento das demandas populares. A rejeição de 85% da população reforça o clamor por mais diálogo e transparência no processo de aprovação de medidas que impactam diretamente a vida da cidade.

A sanção pode ser interpretada como um movimento estratégico para evitar problemas legais futuros, mas também expõe Cruz ao desgaste político. Sua grandeza poderia ter sido demonstrada ao vetar a medida, optando por ouvir os goianienses e rejeitar o jogo político de bastidores.

Ao mesmo tempo, a articulação de Sandro Mabel destaca a força de sua influência política, mas também coloca em evidência o custo dessa estratégia para a credibilidade da administração pública.

Nota da Redação: O Opinião Goiás deixa o espaço aberto para que Rogério Cruz, Sandro Mabel e demais envolvidos apresentem suas justificativas e esclarecimentos sobre a sanção da taxa do lixo e seus desdobramentos.

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# Gil Campos

Gil Campos, publicitário, jornalista e CEO do Grupo Ideia Goiás e Jornais Associados, é o fundador dos veículos Folha de Goiás, Opinião Goiás e Folha do Estado de Goiás. Com uma visão inovadora e estratégica, ele transforma o jornalismo em Goiás, oferecendo notícias de qualidade, análises profundas e cobertura dos principais fatos no Brasil e no mundo. Fale com Gil Campos: 📱 WhatsApp: (62) 99822-8647 📧 E-mail: [email protected] | [email protected] | [email protected]

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