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Queijo Minas Artesanal é reconhecido como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco

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Goiânia, 4 de dezembro de 2024 – O Queijo Minas Artesanal, um dos maiores símbolos da gastronomia brasileira, conquistou reconhecimento internacional ao ser declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (4), durante a 19ª Sessão do Comitê para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial, realizada em Assunção, Paraguai.

Produzido há mais de três séculos em 106 municípios de Minas Gerais, o queijo é elaborado a partir de leite cru, mantendo modos de fazer que remontam ao período colonial. Este é o primeiro alimento brasileiro a obter esse título, destacando-se como um bem cultural que transcende o simples ato de alimentar, simbolizando a tradição, a memória e a sabedoria popular do Brasil.


Reconhecimento histórico

Desde 2008, os modos de fazer o Queijo Minas Artesanal já eram considerados Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O pedido para reconhecimento pela Unesco foi formalizado pelo Iphan em março de 2023 e aprovado neste mês.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, celebrou o reconhecimento como uma forma de preservar a memória brasileira. “É uma maneira muito especial de preservar a nossa memória, a sabedoria do nosso povo”, declarou. Já o presidente do Iphan, Leandro Grass, ressaltou o valor humano por trás da produção: “Não é apenas o queijo que é patrimônio, mas os modos de fazê-lo, que trazem consigo a história do Brasil e da agricultura familiar.”


Tradição mineira celebrada

A produção do Queijo Minas Artesanal é profundamente enraizada na cultura mineira, envolvendo comunidades locais que perpetuam técnicas de geração em geração. O título da Unesco representa não apenas o reconhecimento do alimento, mas também a valorização das práticas culturais e da agricultura familiar no Brasil.

Para marcar a conquista, o governo de Minas Gerais realizará um recital com coro e violão no Palácio da Liberdade, símbolo da história e cultura do estado. A celebração reforça o impacto positivo do título para a projeção do patrimônio mineiro e brasileiro no cenário internacional.


Mobilização pelo reconhecimento

O reconhecimento foi fruto de um esforço conjunto de diversas instituições, como:

  • Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional);
  • Amiqueijo (Associação Mineira do Queijo Artesanal);
  • Iepha (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais);
  • Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais);
  • Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa).

Essas entidades reforçaram a importância do queijo não apenas como produto, mas como símbolo de identidade cultural e econômica, especialmente para pequenas comunidades produtoras.


Análise crítica

O título concedido pela Unesco ao Queijo Minas Artesanal destaca a relevância dos saberes populares e do patrimônio imaterial como parte fundamental da identidade brasileira. Contudo, o reconhecimento traz desafios, como a necessidade de proteger essas práticas contra a industrialização excessiva e assegurar condições dignas para os produtores rurais.

Além disso, a visibilidade internacional do queijo pode impulsionar sua comercialização global, beneficiando a economia local e promovendo a cultura brasileira no exterior. Para isso, é essencial que políticas públicas de apoio à agricultura familiar sejam reforçadas, garantindo que a tradição permaneça viva.

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