Jornal Opinião Goiás – Operação Acolhida alcança marca de 84,4 mil venezuelanos interiorizados no Brasil
Em 2022, o país interiorizou 18.206 pessoas até setembro
A Operação Acolhida atingiu a marca de 84.463 venezuelanos interiorizados em 887 municípios brasileiros, sendo 18.206 interiorizações somente este ano. A ação é uma grande força tarefa humanitária que permite a realocação de refugiados e migrantes da Venezuela.
Do total, 89% dos cidadãos do país vizinho viajaram ao Brasil em grupos familiares e o restante chegou à fronteira sozinho.
Os três estados do Sul são os que mais acolheram refugiados. Para Santa Catarina foram interiorizados 16.140 venezuelanos, o Paraná recebeu 14.640 e o Rio Grande do Sul 12.805.
A cidade que mais recebeu cidadãos da Venezuela desde o início da Operação Acolhida foi Curitiba: 5.458. Em seguida aparecem Manaus (5.305), São Paulo (4.393), Dourados (MS), com 3.449, e Chapecó (SC), com 3.186.
A estratégia tem como objetivo oferecer assistência emergencial aos refugiados e migrantes venezuelanos que entram no Brasil pela fronteira com Roraima, organizando a chegada, a regularização migratória, a imunização contra doenças e buscando inserção social, econômica e apoiando na procura por emprego e moradia.
O Subcomitê Federal para Acolhimento e Interiorização, coordenado pelo Ministério da Cidadania, é responsável pelo processo de aprovação da transferência dos imigrantes venezuelanos da cidade fronteiriça de Pacaraima (RR) e de Boa Vista para outros estados brasileiros.
Composto por 13 ministérios, o Subcomitê conta com suporte de agências da Organização das Nações Unidas e de mais de 100 entidades da sociedade civil. Mais de sete mil militares das Forças Armadas serviram na missão desde o seu início.
A estratégia de Interiorização conta com o apoio das Casas de Passagem, operadas pela sociedade civil com o objetivo de receber e apoiar os venezuelanos por alguns dias, sendo um ponto de apoio intermediário entre o embarque em Boa Vista ou Manaus e o local de destino final das pessoas refugiadas e migrantes.
Atualmente, são 13 casas: Caxias do Sul (RS), Conde (PB), Curitiba (PR), São Paulo (SP), duas em Brasília (DF), Cuiabá (MT) e Porto Alegre (RS), além de três em Belo Horizonte (MG).
De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas, mais de cinco milhões de pessoas foram forçadas a sair da Venezuela em busca de melhores condições de vida nos últimos anos. O Brasil é um dos cinco destinos mais procurados pelos cidadãos do país vizinho.