Jornal Opinião Goiás – Ministério da Saúde investe R$ 256 milhões na vigilância de arboviroses e inaugura sala nacional para monitoramento
O Ministério da Saúde anunciou hoje uma iniciativa robusta no enfrentamento das arboviroses, destinando um investimento expressivo de R$ 256 milhões a estados e municípios. Esta medida estratégica visa fortalecer a vigilância e conter a propagação de doenças como dengue, chikungunya e Zika. Os recursos, a serem formalizados por meio de portaria nos próximos dias, desempenharão papel crucial na preparação para o iminente aumento de casos durante o período de chuvas.
Dentro do montante, R$ 111,5 milhões serão alocados até o final deste ano, distribuídos em uma única parcela. Desse total, R$ 39,5 milhões beneficiarão estados e o Distrito Federal, enquanto outros R$ 72 milhões serão destinados aos municípios, fortalecendo ações de vigilância e contenção do Aedes aegypti. Adicionalmente, a mesma portaria liberará R$ 144,4 milhões para impulsionar atividades de vigilância em saúde.
Uma das iniciativas mais destacadas é a criação da Sala Nacional de Arboviroses (SNA), um espaço permanente dedicado ao monitoramento em tempo real das áreas mais impactadas por dengue, chikungunya e Zika. Esse centro estratégico visa antecipar possíveis aumentos de casos nos próximos meses, apoiando as ações de vigilância de estados e municípios. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, ressaltou a importância dessa medida, especialmente diante da possibilidade de ampliação do sorotipo três da dengue após mais de 15 anos sem circulação no Brasil.
A SNA coordenará todas as ações em andamento e futuras atividades de monitoramento e combate, envolvendo várias secretarias do Ministério da Saúde. Suas responsabilidades incluirão o planejamento, organização, coordenação e controle das medidas a serem implementadas durante a resposta, além da articulação com gestores estaduais e municipais do SUS, divulgação à população sobre a situação epidemiológica e acionamento de equipes.
Ethel Maciel destacou também a importância do treinamento das equipes de Saúde da Família para o manejo desses casos, em colaboração com as coordenações de arboviroses em estados e municípios. Com os recursos disponíveis, estados e municípios terão a capacidade de fortalecer suas equipes de combate a endemias e adquirir insumos essenciais para lidar com uma possível epidemia de arboviroses.
A matéria destaca uma série de ações já em desenvolvimento pelo Ministério da Saúde ao longo de 2023, incluindo apoio aos estados com maior incidência de casos e óbitos por dengue e chikungunya, investimentos em insumos para combate ao mosquito, lançamento de painel público de dados, campanha nacional de mobilização, capacitação de profissionais de saúde, e a implementação de novas tecnologias de controle vetorial.
O país registrou mais de 1,6 milhão de casos prováveis de dengue até 25 de novembro, representando um aumento de 22,7% em relação ao mesmo período em 2022. A taxa de letalidade, no entanto, diminuiu para 4,5%. Diante dos desafios climáticos, as autoridades destacam a importância da prevenção como prioridade para conter a propagação do Aedes aegypti. O Ministério da Saúde continuará a investir e aprimorar suas estratégias para enfrentar o cenário epidemiológico desafiador.
