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Especial com Alcivando Lima – EXISTE O CAVALO, O ARREIO E O CAVALEIRO. A RALÉ É O BAIXEIRO

 “É monstruoso como hoje as pessoas dizem pelas nossas costas as piores verdades a nosso respeito”.  Oscar Wilde – Escritor, poeta e dramaturgo Irlandês – 1854/1900.

São borboletas revoando nas margens de rios e barreiros os candidatos ressurgindo e prometendo uma linda vidinha num céu povoado de anjinhos.

Com algumas exceções, continuamos com uma lacuna de personagens que tenham posicionamento e marcantes ações humanitárias. Muita Inversão. Temos poste mijando no cachorro e quem está na rabeira afirma que já encomendou a vestimenta da posse e que vai mandar pra rua tudo que gente ruim empoleirada no governo.

A demagogia impera a cada eleição. Somem quando perdem e quando ganham ressurgem na proteção de cinco seguranças (um na dianteira, um na retaguarda, um de cada lado e mais um coladinho pra rebater o “óia a faca” e afugentar um pidão de emprego ou um pidão do almoço do dia).

Nas redes sociais e nos canais de televisão é arroz de festa. Rarissimamente dão o ar da graça na imprensa escrita e se assinam um artigo mostra-se sabido demais e o leitor refuga pelo rebuscamento ininteligível.

Redes sociais é a bola da vez que atinge todas as camadas e não depende de ninguém para escrever. Acham complicado recorrer a jornalistas (no dizer deles é uma nação de gente danada pra dar palpite).

Ouço zunzunzum que candidatos estão querendo importar drones da Rússia e da China capazes de detectar armas enfiadas nalgum buraco do cabra ou da cabrita e… bum, remotamente explodem a cabeça do inimigo. Coisa de doido.

Chove candidato zé ruela, espirro de gato se auto-intitulando pastor ou pastora que vendem, por duzentos reais, cada grão de alpiste habilmente acondicionado num esmerado estojo forrado de veludo violáceo, jurando que o grão milagroso combate impotência masculina, a frieza da mulher, espinhela caída e juram pra Deus que o grão vem direto do sagrado Monte Sinai e da sagrada Jerusalém.

Amigos e parentes tornam-se inimigos figadais por um torcer para o candidato que o outro acha (e prova) que é um tremendo dum ladravaz.

Vem as eleições e quem perdeu xinga todo mundo de santo e rapadura e o pau quebra, isto não pode não meu deus do céu, chamem as forças armadas!

E quem ganha passa todo o mandato rebolando para se perpetuar no poder e manter os apaniguados se refestelando nas mordomias.

O custo de vida causa inanição. O leite, nos últimos trinta dias, passou de quatro para oito reais; para os medicamentos usa-se um estratagema cruel: O preço é xis, mas pela promoção vem pra ípsilon e na data do aumento oficial, abril, vai pra estratosfera e o dono da situação, condoído com a facada que foi funda demais, taca outra promoção e a coisa toda fica assim: xis menos ípsilon mais uma colherzinha de bondade vem pra tanto, isto é, quase o dobro do que era antes.  Justificativa para o aumento? Nervosismo (enfia chá de camomila nesse povo, meu Deus!) no mercado internacional, invasão da Ucrânia, seca no sul, frio e chuva afogando sapo no centro, norte e nordeste. Omite-se a avidez pelo lucro.

O dirigente nacional (qualquer um) nos diz num timbre compassivo, que é o mercado internacional quem manda, p*rra!. Nossas vibrissas nasais indicam que devamos parar de cutucar a onça com vara curta, pois o nome da mãe da gente escorrer pro ralo e o danado arremata dizendo que se mexer nisto ou naquilo, o acionista e a vaca vão pro brejo e eu vou junto, karai!… Aqui procêis ó!

Havendo combustível fóssil, a ganância de quem o tem, mesmo sem ter um pé de quiabo plantado, crescerá na proporção da necessidade de quem dele necessita para existir como nação. Que o diga quem importa qualquer combustível da Rússia.

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Alcivando Lima - Opinião Leitor

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