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Especial com Alcivando Lima – AS SEMENTINHAS

    “Os homens são tão simples que, quem quer enganar, sempre encontra alguém que se deixa enganar.”  Nicolau Maquiavel – (filósofo, poeta, músico e diplomata Italiano – 1469/1527).

Bastava um escorregadinha de nada, uma gaguejada, uma risada fora de hora, uma rata, um esquecimento na hora de responder a tabuada pra tu levar um apelido. Se passasse pelo hercúleo esforço de não embravecer, demoraria um tiquinho mais, o contrário, grudava na hora. Ficou valente? Era agarrado por duzentas mãos, levado prum canto pra ficar sem as calças ou só de cuecas se fosse mais galudim. Flagrado roubando ninhos, frutas, ou aves, agregava na hora o nome da vítima: Fulano Piriquito, Mulata, Gambá, Mixirica, e o dito cujo mimetizava tudo sem nenhum trauma. Ia pra geladeira aquele que caísse na viadagem de ficar deprimido. Nome verdadeiro ninguém conhecia, mas Chico Carijó ou Mané das Farinhas, respondiam apontando com os beiços é bem ali, ó!  Hoje esse treco se chama Bullying e dá cadeia. Se caírem de pau nalguém que foi flagrado portando uma garruchinha ou puxando pelo cabresto uma eguinha próximo dum cupim e for distinguindo como zezim garrucha ou zezim da égua, a justiça cai matando por assédio Bullyingense ou Bullygyiano ou o que lá isso for. Além do Bullying, agora temos o Brushing (sem resultado fitossanitário) treta relacionada com sementes supostamente vindo da China. Depois de um invernal período, cálidas alvoradas floridas chegaram e com elas o resultado do plantio das sementes doadas por gentes que só querem o bem da gente. Em vasos bojudos germinaram e, encantados, constataram dinheiro brotando em árvores. Desorientados pela cobiça pecuniária, visualizaram uma floresta com árvores forrando o chão com moedas do mundo inteiro, até o porqueira do real tava lá. E danaram a plantar as sementes que ganhavam daqueles que se abespinharam pensando que era invencionice de jornalistas, literatos comunistas, dramaturgos ou pintores sem-vergonha, e o pomarzinho foi crescendo. Quando se chegou a uma considerável fortuna, pensaram em comprar as coisas que os novos ricos disparam a comprar: Carrão, iate, mansões. Num supermercado a bonita moça do caixa ficou apoplética ao tatear uma cédula daquele dinheiro e, disfarçadamente, aperta um pedalzinho igual àqueles que têm debaixo dum piano e num segundo aparece uns duzentos carros da polícia com uma chusma de policiais armados com metralhadores e logo o borra-botas é agarrado pelo pescoço e chocalhado umas trinta vezes por segundo e na horinha de levar uns pescoções a linda mocinha gritou: Peraí gente, num é nota falsa não, é brincadeirinha. Na contra-luz se lê: Dinheiro de Mentirinha.

Passou a andar armado com uma pistola ponto não sei o quê dum lado e do outro um baita revólver cano refrigerado. Ta assim de gente doidinha de vontade de gritar e gritar desbragadamente: Casa da Moeeeda!!!

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Alcivando Lima - Opinião Leitor

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