Dr Matheus Bannach Neurocirurgião Goiânia – Aneurisma cerebral: o que é, sintomas e tratamento

O que é um aneurisma cerebral?

Aneurismas cerebrais são dilatações nos vasos cerebrais em regiões de fragilidade. Em sua maioria são pequenos e não causam sintomas, porém em casos onde se rompem podem oferecer riscos de sequelas neurológicas graves e mesmo risco de morte.

DE MANEIRA SIMPLES: Eu sempre explico aneurisma cerebral como aquela bolha no pneu do carro. É uma região mais frágil, que em caso de um aumento de pressão súbito (no caso do carro ao passar um buraco, e no caso do aneurisma um aumento da pressão arterial) pode estourar e causar vazamento. Esse vazamento no caso do aneurisma cerebral é de sangue, causando aquilo que se chama de “derrame” ou AVC hemorrágico.

 

O que acontece quando um aneurisma rompe?

O sangramento do aneurisma pode causar problemas de várias maneiras, e tendo assim múltiplas consequências ruins, cada uma da sua maneira.

A Hemorragia Subaracnóidea (HSA) é a consequência mais primária. Espaço subaracnóideo é o lugar em volta do cérebro por onde passam os vasos sanguíneo, desta forma, quando um aneurisma rompe, vaza sangue de dentro do vaso sanguíneo (artéria neste caso) para o espaço subaracnóideo. O sangue nesse espaço pode irritar o cérebro e os outros tecidos, causando dor de cabeça, náuseas/vômitos, alterações de nervos cranianos e outras complicações neurológicas e metabólicas (o cérebro controla o metabolismo, então alterações cerebrais geram alterações metabólicas). Cerca de 90% das hemorragias subaracnóideas espontâneas (que não foram devido a acidente) são causadas por aneurismas que se romperam.

Hemorragia Cerebral é outra consequência que pode acontecer. Como os vasos estão em volta do cérebro, dependendo da força com que o aneurisma se romper, o jato de sangue pode lesionar o cérebro em volta, causando um hematoma (um coagulo no meio do cérebro). A depender de qual parte do cérebro foi atingida pode ter sintomas específicos, como perda de força de um lado do corpo, alteração de fala, perda visual e outras alterações neurológicas.

Além dessas complicações diretas do sangramento, existem alterações que decorrem da irritação do cérebro (crise convulsiva, alterações hormonais, alteração de consciência, entre outras), da irritação dos próprios vaso sanguíneos (no nome correto é vasoespasmo, mas basicamente significa que vai diminuir o fluxo de sangue para para o resto do cérebro e pode causar uma isquemia, ou seja, um AVC) e da irritação das meninges (são as membranas que protegem o cérebro, que durante essa irritação pode dificultar a absorção do liquido que fica em volta do cérebro, gerando um aumento deste líquido, o que é conhecido como hidrocefalia).

Como podemos perceber a ruptura do aneurisma pode causar complicações graves, que junto com outras complicações associadas a gravidade deste quadro podem fazer o paciente entrar em coma e mesmo morrer. Na verdade, até 50% dos pacientes que apresentam ruptura do aneurisma cerebral morrem nos primeiros 30 dias depois da rotura, sendo que cerca de 15% não consegue nem chegar à um hospital para receber atendimento médico.

 

Quem tem aneurisma cerebral?

Aneurismas cerebrais são relativamente comuns, atingindo cerca 2 a 5% da população em geral, mas como dito anteriormente, a sua maioria não causa nenhum sintoma, muitas vezes sendo achado de exame (paciente que fez exame por outro motivo e acabou achando o aneurisma). É mais comum em mulheres, chegando a ter o dobro de mulheres com aneurisma. Geralmente são descobertos por volta dos 50 anos de idade, tanto em homens quanto em mulheres.

Existe uma certa hereditariedade, ou seja, quem tem na família tem mais chance de ter aneurisma. Entretanto, a maioria dos aneurismas acontecem de maneira esporádica (sem histórico familiar), geralmente relacionados a fatores como pressão alta, tabagismo, doenças de colágenos e alterações específicas daquela pessoa.

Atualmente, muitos aneurismas cerebrais são descobertos durante investigação de enxaqueca ou outro tipo de dor de cabeça. Esses aneurismas são chamados de “não-rotos”, e seu tratamento deve ser avaliado conforme o risco de rompimento (já discutimos o quão grave é quando um aneurisma rompe), de maneira a evitar que essa pessoa tenha uma hemorragia durante a sua vida.

 

O que faz romper um aneurisma cerebral?

Vários fatores vão influenciar sobre o rompimento de um aneurisma cerebral, tanto fatores do próprio aneurisma (tamanho, localização, formato, história de rompimento prévio) quanto fatores do paciente (pico de pressão arterial, tabagismo, doenças do colágeno, aneurismas múltiplos, histórico familiar de rotura, idade).

A combinação de todos esses fatores vai gerar um risco diferente para cada paciente, sendo necessário a avaliação de um especialista para determinar se é um risco mais alto ou mais baixo de romper. A avaliação destes fatores vai determinar tanto se é necessário tratar ou se pode-se acompanhar (repetir exames de tempos em tempos) quanto a urgência do tratamento (dias, meses ou anos).

 

Dr. Matheus Bannach – Neurocirurgião

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