Petrobras: Chambriard desvincula exploração de petróleo da enchente no Rio Grande do Sul
Nesta segunda-feira (27), a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, negou qualquer associação entre a tragédia no Rio Grande do Sul e a exploração de petróleo do pré-sal. Durante uma coletiva de imprensa, Chambriard foi questionada sobre estudos que relacionam o consumo de combustíveis fósseis às mudanças climáticas.
“Em 1941, o Rio Grande do Sul enfrentou uma enchente tão grande quanto a atual, antes mesmo de termos petróleo no Brasil. Precisamos entender as questões corretamente. Este desastre imenso não é culpa do pré-sal. Atribuir isso ao pré-sal seria injusto. O pré-sal traz benefícios imensuráveis para a sociedade e para o Brasil”, afirmou.
As chuvas no Rio Grande do Sul já resultaram em mais de 160 mortes e submergiram diversas cidades, forçando mais de 600 mil pessoas a abandonarem suas casas. Magda manifestou sua solidariedade com o povo gaúcho: “É uma tragédia ter um estado submerso. É algo impensável”, disse. Ela também mencionou uma experiência pessoal em sua residência no Jardim Botânico, Rio de Janeiro.
“Há muitas causas. Por exemplo, minha casa no Jardim Botânico, perto da Lagoa, teve a garagem inundada em um dia de chuva intensa, com um metro e meio de água. A área foi aterrada, e isso aconteceria com ou sem petróleo. Estamos agredindo o meio ambiente”, afirmou.
Chambriard ressaltou que a Petrobras sempre foi uma empresa preocupada com a pauta ambiental e o desenvolvimento de uma matriz energética renovável. Ela citou o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), criado na década de 1970, e o compromisso da empresa de zerar suas emissões de gases de efeito estufa até 2050, além dos investimentos em biorrefino, petróleo verde, hidrogênio e projetos de captura de gás carbônico.