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Jornal Opinião Goiás – Estados brasileiros apresentam números de ocupação acima de 80%

Nove unidades federativas e 15 capitais ultrapassam o patamar de 80% dos leitos de terapia intensiva Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS). O mapa, da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), divulgou nota técnica hoje (10/02) identificando esses locais como situações críticas de alerta para internação.

A análise da Fiocruz classificou estados e capitais com menos de 60% dos leitos como fora da área de alerta. Quando a proporção atinge 60% ou mais e fica abaixo de 80%, o alerta é considerado um alerta intermediário. Acima de 80%, a condição é considerada um alerta crítico.

Pesquisadores do Observatório Covid-19 da Fiocruz destacaram que a ocupação de leitos de UTI está em níveis críticos em estados e capitais do Nordeste e Centro-Oeste, assim como no Espírito Santo. Eles avaliaram que Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo pareciam seguir uma tendência de queda no indicador.

As nove unidades federativas com pior desempenho são Tocantins (81%), Piauí (87%), Rio Grande do Norte (89%), Pernambuco (88%), Espirito Santo (87%), Mato Grosso do Sul (92% ), Mato Grosso (81%), Goiás (80%) e Distrito Federal (99%).

As 15 capitais são Porto Velho (91%), Rio Blanco (80%), Palmas (81%), Teresina (relação não divulgada, mas estimada em mais de 83%), Fortaleza (85%), Natal (estimada em 81% ), João Pessoa (81%), Maceió (82%), Belo Horizonte (82%), Vitória (89%) ), Rio de Janeiro (86%), Campo Grande (99%), Cuiabá (81%), Goiânia (91%) e Brasília (99%).

Apenas cinco capitais e sete estados estão fora da área crítica, com menos de 60% dos leitos ocupados. As capitais são: Manaus (58%), Boavista (56%), São Luís (55%), Florianópolis (68%) e Porto Alegre (56%). Esses estados são: Amazonas (58%), Roraima (56%), Maranhão (51%), Paraíba (52%), Minas Gerais (42%), Rio de Janeiro (59%) %) e Rio Grande do Sul ( 57%).

A Fiocruz está preocupada que a disseminação da variante Ômicron para regiões do país onde a cobertura vacinal é baixa e os recursos de ajuda são baixos possa aumentar o número de vítimas da doença. “Como destacamos, a alta transmissibilidade da variante Ômicron pode levar a uma demanda substancial de internações em leitos de UTI, mesmo com baixa probabilidade de casos graves”, diz o texto.

Pensando nisso, a recomendação dos pesquisadores é avançar na vacinação, principalmente para crianças de 5 a 11 anos, além de reforçar medidas como uso obrigatório de máscaras e passaportes para vacinação.

Em sua nota técnica, a fundação reiterou repetidamente que pessoas que recebem doses de reforço têm risco reduzido de progressão da doença, embora essa possibilidade exista principalmente em pessoas com idade avançada ou com comorbidades. Os números do departamento de saúde local mostram que as pessoas não vacinadas compõem a maioria das hospitalizações e mortes. Um levantamento divulgado nesta segunda-feira (07/02) pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas mostrou que 82% das mortes registradas pela unidade nos últimos três meses foram entre pessoas que não completaram a vacinação.

 

Informação: Agência Brasil

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# Rafael Silva

Rafael Silva é colunista convidado do Distrito Federal, especialista em economia, mercado., agronegócio, Brasil e mundo. Os artigos são de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do veículo.

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