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Especial com Alcivando Lima – LUGAR DE MULHER É ONDE ELA QUISER

 “A história da mulher é a história da pior tirania que o mundo conheceu: a tirania do mais fraco sobre o mais forte.” OSCAR WILDE

Para onde volvermos nossos olhos avistamos ação benéfica da mulher e nos deliciamos com sua beleza, suas formas, seu sorriso, sua graça.

As pinturas: O Nascimento de Vênus, A Primavera, Monalisa, Olímpia, Les Demoiselles d’Avignon, A Maja Nua e a fantástica A Origem do Mundo, estão aí para nos provar e seus autores: Botticelli, Da Vinci, Manet, Picasso, Goya e Courbet , atestam o que estou falando.

Um frêmito nos sacode quando vemos a graciosidade contida nas esculturas femininas da Afrodite de Milos, Vitória Alada de Samotrácia, Brigitte Bardot em Búzios, Expansão, em Nova York e, dentre muitas, as lindíssimas mulheres da escultora chinesa Luo Li Rong na sua mágica escultural, apresentando-as nuns contínuos e leves movimentos de roupas e cabelos.

Aí, vem o talibã com suas leis e pumba, massacra, trucida, arrebenta com suas maravilhosas mulheres.

Lá, o inteligente ser é uma coisa abjeta, passível de ser vergastada no meio da rua por um barbudo seboso e fedorento.

Mulher. Na área da saúde, entre centenas, destaca-se Rita Lobato (primeira médica brasileira), Maria Odília Teixeira, (pioneira entre as negras a concluir o curso de medicina no Brasil), Ana Nery, (primeira enfermeira do Brasil), Nise da Silveira, (psiquiatra que abrandou as agruras dos doentes mentais); na literatura vem-nos a delicadeza, a robustez dos textos e o lirismo de Rachel de Queiroz, Clarice Lispector, Cora Coralina, Cecília Meirelles, Hilda Hilst, Nélida Piñon; na política, tivemos a primeira presidente eleita no Brasil Dilma Rousseff e em Lages, Rio Grande do Norte, no ano de 1927, Alzira Soriano* foi eleita a primeira prefeita da América Latina, mas, antes, em 1910, Leolinda Daltro* criou o primeiro partido político feminista no Brasil, o Partido Republicano Feminino; Bertha Lutz* (zoóloga) em 1932 muito lutou para que as mulheres pudessem votar no processo eleitoral brasileiro; a primeira deputada federal no Brasil foi a médica, pedagoga e escritora Carlota Pereira de Queirós*, participante da Constituinte de 1934; na pintura tem-se a inconfundível presença de Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Rosina Becker do Valle, Haydéa Santiago; as doces músicas que nos embalam estão as imortais vozes de Clara Nunes, Elizeth Cardoso, Dalva de Oliveira, Ângela Maria, Gal Costa, Bethânia, Nara Leão, Dona Ivone Lara, Beth Carvalho, dentre milhares que sobrepujaram a pétrea desumanidade machista de nivelar a mulher num patamar abaixo deles, opressores. Você, gentil leitora e laborioso leitor, cultores das belas artes, náuseas, ódio, revolta, desprezo, brotar-lhes-ão se souberem que alguma dessas maravilhas citadas sofreu a discriminação da ordem como acontece com as mulheres afegãs e vizinhança.

A aguda inteligência da mulher (universal) e sua formosura é, ainda, alvo da misantropia, da misoginia estercorária recrudescente no machão que, em nome de uma religião, a chicoteia sem uma sombra de comiseração, ao flagrá-la andando sem a burca ou zanzando sozinha sem o consentimento do seu tosco marido; mulheres e homens atuais, alegremente passeiam no espaço sideral; estudar, por deleitação ou ser uma cientista, é algo impensável para as mulheres de lá. Isto é direito somente dos beiçudos.

Saibam, aprendam que a mulher é quem realmente escolhe seu parceiro. Mas, o baboso brucutu confunde gentileza, um sorriso fraterno e avança. Se ela negar a investida, ele, todo pitecantropo, utiliza seus fuzis e força bruta, invade, toma posse. Isto não é conquista, é usurpação, coisa que adoramos deputar. Mulheres, não sois máquinas e que a sororidade permeie, teça entre vós.

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Alcivando Lima - Opinião Leitor

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