O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (SD), está diante de uma decisão que pode definir seu futuro político e sua relação com a população. A aprovação da taxa do lixo, medida imposta por Sandro Mabel (UB) e aprovada pela Câmara Municipal, gerou uma onda de insatisfação popular e trouxe à tona questionamentos sobre os interesses políticos por trás da proposta.
Rejeição popular chega a 85%
De acordo com uma enquete realizada pelo Jornal Opinião Goiás, 85% dos goianienses são contrários à criação da taxa do lixo. Para os moradores, já sobrecarregados por impostos elevados e serviços públicos ineficientes, a medida representa mais uma penalidade imposta por um sistema político que não prioriza as necessidades da população.
O papel de Sandro Mabel e a pressão política
Sandro Mabel, futuro prefeito e articulador político experiente, é apontado como o principal responsável pela medida. Sua estratégia é clara: transferir a responsabilidade e o desgaste político para Rogério Cruz, enquanto ele e outros aliados permanecem em silêncio estratégico.
Essa articulação coloca Cruz em uma posição delicada, onde ele deve decidir entre sancionar a medida, correndo o risco de ser responsabilizado integralmente, ou vetar, assumindo um embate com forças políticas poderosas.
Análise crítica: o dilema de Rogério Cruz
Rogério Cruz tem a oportunidade de demonstrar coragem política ao vetar a taxa do lixo e se alinhar com os interesses da população que o elegeu. Esse ato seria visto como um legado positivo, mostrando que ele está disposto a enfrentar pressões políticas em favor dos goianienses.
Por outro lado, sancionar a taxa pode ser um erro estratégico que o colocará como único culpado por uma medida articulada por outros. A insatisfação popular já é evidente, e a classe política de Goiânia precisa ouvir as demandas da sociedade e buscar alternativas para resolver os problemas fiscais sem penalizar ainda mais os cidadãos.