Conheça as fases da Doença de Alzheimer
A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa, progressiva e incurável. Antes mesmo da fase de doença, está descrita uma fase pré-clínica, em que sintomas sutis ocorrem, como por exemplo, lapsos de memória e dificuldades em gerenciar atividades ou tomar decisões mais complexas e sintomas depressivos. Essas alterações muitas vezes até passam despercebidas ou são atribuídas a alterações do envelhecimento normal.
Porém, diferente do envelhecimento normal, as alterações cognitivas evoluem de forma a afetar a funcionalidade. O impacto dos sintomas passa a ser notado e inicia-se a fase de doença propriamente dita.
Na fase leve, há déficits de atenção, memória imediata, dificuldades no trabalho ou tarefas domésticas, desorientação no tempo e no espaço (por exemplo, a pessoa pode se perder ocasionalmente e muitas vezes isso é um marco para a família) e alterações no humor. As atividades básicas e o autocuidado ainda se mantém preservadas ou levemente comprometidas.
Numa fase moderada, a pessoa já apresenta um prejuízo maior da memória, da atenção, do comportamento social e da capacidade de tomada de decisões. Existe um comprometimento progressivo das funções que permitem exercer sua autonomia na sociedade, necessitando de alguém que gerencie suas responsabilidades sociais e financeiras. Nesta fase, pode ocorrer maior dificuldade de controle de comportamento e humor. O autocuidado e as atividades rotineiras vão sofrendo prejuízo progressivo. Pode ocorrer prejuízo no reconhecimento de faces, dificuldade de fala ou discurso repetitivo, distúrbios de sono e alterações do hábito alimentar.
Na fase grave, o avançar da doença leva ao grave comprometimento funcional, com dupla incontinência (fezes e urina), a linguagem se torna progressivamente mais pobre, até o mutismo, e a pessoa mais restrita, com perda de mobilidade e total dependência. Nesta fase, principalmente, o cuidado deve ser rigoroso, pois a pessoa está predisposta a complicações inerentes à fragilidade grave e à imobilidade, como lesões por pressão, infecção urinaria e pneumonia. Surgem também dilemas que necessitam de decisão compartilhada, como a dificuldade de se alimentar.
No geral, o curso clínico da doença, ou seja, desde o início dos sintomas até a morte, dura cerca de 8 a 15 anos. Mas isto é variável. Depende de fatores individuais e genéticos, mas também do cuidado que a pessoa recebe. Um idoso bem cuidado, com uma família bem informada e amparada por um médico e uma equipe multiprofissional, com certeza vive mais e melhor. A abordagem deve ser individualizada e desde o diagnóstico, família e paciente devem ser preparados para a fase de fim de vida, com o entendimento gradativamente construído acerca da evolução natural da doença, até o processo de fim de vida. Ao paciente, enquanto lucido, na fase leve, deve ser dada a oportunidade de entender a sua doença, expressar os seus desejos e escolher o seu cuidador principal, que possa posteriormente assumir suas responsabilidades e respeitar os seus valores.
O Geriatra, juntamente com equipe multiprofissional, tem o objetivo de cuidar da pessoa com Doença de Alzheimer e de sua família, acompanhando e orientando as dificuldades, dúvidas e angústias. Com certeza, isso vai muito além de prescrever medicamentos. Afinal, o foco não deve ser a doença, mas a pessoa.
Projeto Cuidar
Geriatra
Dra Eliza de Oliveira Borges
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Sobre a Dr a Eliza de Oliveira Borges
– Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Goiás;
– Residência em Clínica Médica pelo Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO);
– Residência em Geriatria pelo Hospital de Urgências de Goiânia;
– Titulada em Geriatria pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG);
– Pós-graduação em Cuidados Paliativos pelo Instituto PalliumLatinoamérica / Medicina Paliativa, Buenos Aires- Argentina;
– Preceptora da Residência de Clínica Médica do Hospital Alberto Rassi- HGG;
– Integrante do Núcleo de Apoio ao Paciente Paliativo (NAPP), Hospital Alberto Rassi- HGG;
– Secretária Geral na Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Seção Goiás.