Jornal Opinião Goiás – Indicador da FGV que mede atividade econômica mostra queda de 9,3% em abril
A atividade econômica no país teve uma queda de 9,3% na passagem de março para abril deste ano e de 13,5% na comparação com abril do ano passado. As duas taxas são recordes, conforme dos dados do Monitor do PIB, divulgados nesta segunda-feira (22), pela Fundação Getulio Vargas.
A FGV atribui a queda do PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, às medidas de isolamento social adotadas para combater a pandemia do novo coronavírus.
O Monitor do PIB aponta que a indústria e o setor de serviços, que respondem por aproximadamente 95% do valor de toda a economia, também tiveram as maiores quedas de sua série histórica, iniciada no ano 2000. O mesmo aconteceu com o consumo das famílias e a formação bruta de capital fixo, que são os investimentos.
O coordenador do indicador, Cláudio Considera, disse que os dados de abril mostram que a retração recorde da economia está disseminada em diversas atividades e é a pior da história recente. E salienta que após três anos de fraco crescimento e sem conseguir se recuperar da última recessão, de 2016, o resultado de abril não é nada animador e só evidencia enormes desafios que serão enfrentados no decorrer deste ano.
O Monitor do PIB faz uma análise especial sobre o impacto da pandemia da Covid-19 nas atividades de saúde pública e privada no país. Em abril, a atividade de saúde pública caiu 22% na comparação com abril do ano passado, enquanto a atividade de saúde privada apresentou recuo de 13,3% na mesma comparação. Para a FGV, os resultados podem estar associados ao adiamento de consultas e exames devido ao isolamento social.