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Expectativa da inflação cai de 7,15% para 7,11% diz mercado financeiro

A projeção dos mercados financeiros para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que leva em conta a inflação oficial do país, caiu de 7,15% para 7,11% neste ano. Esta é a sexta revisão consecutiva em baixa da projeção. A estimativa consta do Boletim Focus de hoje (8), pesquisa semanal do Banco Central (BC) que contém as expectativas institucionais para os principais indicadores econômicos.

A inflação em 2023 está estimada em 5,36%. Para 2024 e 2025, as projeções são de 3,3% e 3%, respectivamente. A projeção para 2022 está acima da meta de inflação que o BC deve perseguir. A meta do Conselho Monetário Nacional para este ano é de 3,5%, mais ou menos 1,5 ponto percentual. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o limite superior é de 5,25%.

A inflação subiu 0,67% em junho, após variação de 0,47% registrada em maio. Com isso, o IPCA aumentou 5,49% no ano e 11,89% em 12 meses. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgará os dados de julho amanhã (9), mas a previsão oficial de inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) foi de 0,13% no mês passado, inferior à alta de junho (0,69 %).

Taxa de juros

Para atingir sua meta de inflação, o banco central utiliza como principal ferramenta a taxa básica Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em 13,75% ao ano. O índice estava em seu nível mais alto desde janeiro de 2017, quando também era de 13,75% ao ano.

Para os mercados financeiros, a Selic deve encerrar o ano nesse patamar. Até o final de 2023, estima-se que a taxa de referência caia para 11% ao ano. Para 2024 e 2025, as projeções da Selic são de 8% ao ano e 7,5% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom eleva a taxa básica, o objetivo é conter a demanda superaquecida, o que impacta os preços, pois taxas mais altas encarecem o crédito e estimulam a poupança. Portanto, taxas de juros mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Além da taxa Selic, os bancos também levam em consideração outros fatores na definição dos juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e taxas de administração.

Quando o Copom baixa a Selic, o crédito tende a ficar mais barato, o que estimula a produção e o consumo, reduz o controle da inflação e estimula a atividade econômica.

PIB e câmbio

Instituições financeiras consultadas pelo BC aumentaram sua previsão para o crescimento econômico do Brasil este ano de 1,97% para 1,98%. O Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – deverá crescer 0,4% até 2023. Em 2024 e 2025, os mercados financeiros esperam que o PIB cresça 1,7% e 2%, respectivamente.

As expectativas para o dólar norte-americano até o final do ano permanecem em 5,20 reais. Para o final de 2023, a previsão é que o dólar fique no mesmo patamar.

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