Especial com Alcivando Lima – PEQUENEZ AGIGANTADA
“Pessoa rica em inteligência e pobre em sabedoria idiotiza a sabedoria no vulgar.” Batista Custódio – Jornalista
Vemos uma profusão de cenas de ninguém dar bolas para máscara, aglomeração e tome festas regadas a álcool, desde que não seja o gel 70. Se Charles Darwin por cá aportasse, escreveria A Involução das Espécies.
Não estou a falar de gente desinformada, aliás, não tem essa de desinformação, num mundo globalizado como o planeta Terra. Estamos no centro da América do Sul e se acontece algo na cidade de Tóquio, Japão, cerca de seis bilhões de gente acompanharão — via dos mais inventivos e tecnológicos meios de comunicação — os horrores ou maravilhas do desenrolar dos fatos.
Uma equipe de notáveis se reúne durante dias e mais dias para se chegar a um veredicto onde distanciamento e proteção facial reduzirão a propagação de um vírus que está matando crianças, jovens e idosos. Não foi diligência de um fulustreco qualquer. Foi uma resolução de insignes cérebros alicerçada em provas científicas que sugeriram às autoridades prevenção para conter a desgraça que uma peste provoca no mundo dito civilizado.
Para se tomar medidas que alcance de forma contundente o povo, manda a prudência consultar os demais poderes, notadamente o judiciário sobre a legalidade e de que forma deverá ser o comportamento dos cidadãos daí por diante. Estamos pisando num campo minado onde um petardo de vírus pode vir num simples espirro, numa tosse que esparrama gotículas de bactérias infectantes em riba de quem estiver com máscara ou sem máscara. O meu vizinho ou um bufão que está caminhando sem máscara infringe uma precaução que visa o bem comum e, se abordado por um agente da lei, mostre humildade, principalmente se tiver distinção acadêmica, prestígio e influência nas rodas sociais e não comportes como um onfalópsico onde seu umbigo é o centro do universo. Não fixe os olhos carregados de discriminação e não despeje impropérios e perdigotos de covid-19 sobre quem tem a obrigação de fiscalizar. E se leciona em universidades da França, Cochinchina ou mesmo do Turquemenistão, tudo bem, transparece que és sabido, que está por cima da carne-seca, porém, alardear isso para aviltar, degradar seu interlocutor, prova que na sua cabeça, além de titica de galinha, só tem a foto da sua ensebada carteira funcional e não adianta rosnar e mostrar sua cara de górgona aos humildes porque todos sabem que se agacha diante dos superiores esperando um cafuné nos cabelos.