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Especial com Alcivando Lima – INCONGRUÊNCIAS

“A tragédia da vida é que ficamos velhos cedo demais e sábios tarde demais”.  Benjamim Franklin – 1706/1790 – (jornalista, cientista e inventor).

Diante dos atuais acontecimentos nefastos, sinistrosos, provocados pelo coronavírus, a apatia abateu-se sobre quem escreve artigos/crônicas divulgados nos importantes veículos da imprensa que, graças à Internet, hoje é universal. Vimo-nos vítimas de um poderoso e invisível raio paralisante que nos imobilizaram e não conseguíamos escrever uma linha sequer, enquanto a peste inoculava-nos um macabro sentido de desesperança.

O confinamento tem cara enfarruscada, embaça o cérebro e nos deixa com insólitos rostos contritos. Covid-19 chegou e bagunçou a vida do mundo todo. Desempregou e continua desempregando, matou e continua matando, causou e está sustentando uma crise de impotência criativa. Hotéis, bares, restaurantes, teatros, pontos turísticos e todo o resto ficaram às moscas pela ação maléfica da peste; cantores e demais talentos passaram a ser observados pelos olhos de batráquio de um vírus invisível e letal. Para não cair no ostracismo, mentes faiscantes criam eventos e os transmitem em tempo real na intenção de amenizar a saudade e adoçar o ego dos artistas.

Numa assembléia de notáveis, o paradoxo impera com selvageria e membros de um poder disparam incongruências travestidas em cobras e lagartos em riba de outros poderes e nesse pugilato verbal/escrito, a altiloquência, a afabilidade, o obséquio e a educação se dissipam, evaporam-se no vácuo dos filmes onde cangaceiros primitivos palitam os dentes com um punhal afiado dos dois lados.

A letargia de nós se apossa e daí não escrevemos, não pintamos e nem compomos canções enternecedoras. Num passe de mágica chega-me, via WatsApp, a lindíssima estampa de uma amiga dos tempos juvenis que mantém seu olhar que fala à alma da gente e é dona de um imutável sorriso que nos afaga com doçura e esta imagem reaqueceu-me o ânimo de produzir alguma coisa. Essa meiguice, de nome Calixta Maria dos Santos, tem os irmãos: João (em memória) Maria Helena, Otávia, Zulma, Miriam, Otávio Filho, Romeu, Vânio e Joaquim, todos Borges Naves, exceto Calixta, com as meninas acrescentando o nome dos cônjuges e são filhos da dona Maria Otília de Assis e de Otávio Borges Naves, então Prefeito de Firminópolis, que, pela sua retidão e lhaneza e com o auxílio voluntário dos sobrinhos, Walter (pretim), Waldivino (vivico), e Walterloo (zico) portadores de um tirocínio administrativo conseguiram transitar nas dificuldades impostas pelo cipoal ranzinza da política local e estadual e interagiram com todas as camadas da população e com mais dezenas de outros admiráveis e valorosos guerreiros, elevaram o nome da então insípida e merencória cidadela na aprazível e progressista capital do Mato Grosso Goiano. “Seu” Otávio e família são tema para um biógrafo descrever e distribuir nas escolas e bibliotecas públicas daquela aprazível cidade.

 Com o sorriso dessa menina as incongruências e o cenho carrancudo do covid-19 esvaíram-se, evaporaram-se, escafederam-se nas brenhas das melenas esgrouvinhadas para todo o sempre, Amém!!!

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Alcivando Lima - Opinião Leitor

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