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Especial com Alcivando Lima – DIVIDAM O BOLO

“Um homem a quem ninguém agrada é bem mais infeliz do que aquele que não agrada a ninguém.” (www,frasesfamosas.com.br)

Vejo e ouço — diz ele, pê da vida, enquanto espera sua vez para testar o covid-19 — que não tem de onde tirar dinheiro para atender uma nova (velha) bolsa família para amenizar o sofrido pobre. Esse dinheiro — continua — vem do próprio povo, já que governo não produz borra nenhuma, só tira do trabalhador. O rico é fonte de emprego, se não tiver o rico onde o pobre vai coçar o saco e, de vez em quando, trabalhar? Então, quem tem que pagar imposto é ele, o pobre. A mansão de dezoito suítes, do dono de uma rede de rádio e tevê, não paga imposto por ser estar no nome duma igreja que, por lei, é isenta de impostos, taxas e emolumentos. (Antigamente, o guarda-livros citava muito esse tal de emolumento e aquele mais cdf estufava o peito para soletrá-lo: e-mo-lu-men-tos). Querem tirar esse suado dinheiro de outras fontes que atendem a outras finalidades — blatera um chefão, como se fosse um camelo — Isso é como cobertor sapecanigrim: se puxa pra riba descobre os pés e se cobre os pés as orelhas gelam. É uma desgrama. Se não arrumar esse dinheiro e equanimemente distribuí-lo com os pobres que a cada ano soma-se mais de dez mil boquinhas, muitas cabeças rolarão e muros e muretas dos palácios tornar-se-ão desaguadouro de chororôs blasfematórios às santas mães dos chefões e chefetes. Disse equanimemente por força de expressão — reitera ele, muito emputecido na fila — Milhares, milhões de bacanas e madames receberão a grana por meio de trambiques e mutretas que a imprensa cansa de dizer onde e quando e ninguém levou fubecada mostrada na tela da tevê, aliás, é outro negócio que não entendo. A tevê e os jornais mostram o cara esfaqueando, baleando, destroncando o pescoço de mulher ou roubando descaradamente e não se pode mostrar a cara do criminoso e nem seu nome. Por quê? A honra desse facínora, desse ladrão ficará manchada? Manchada sim, do sangue de quem ele, covardemente, matou sob os apelos de: Não me mate, por amor a Deus!.

Estamos em mares revoltos e quem vai pagar o pato é, de novo, o trabalhador. — Rediz ele, agora muito enfezado pelas quase três horas na fila —  Mas tenho uma sugestão e digo-a somente aqui prá nós, se me chamarem na tarraqueta pra provar, nego tudo, ta OK?  Então vá lá: Esparramam por aí que se gasta trinta milhões de reais por dia com o congresso nacional, — potra que pariu, é muita grana, — então, dividam o bolo em três e os pobres já terão pelos menos dez milhões por dia, no fim do ano são três bilhões e seiscentos e cinqüenta milhões de reais… Hein?…Né não?… Falei besteira?

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Alcivando Lima - Opinião Leitor

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