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Dr. Matheus Bannach Neurocirurgião Goiânia – Como funciona a quimioterapia para tumores cerebrais?

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A primeira coisa a ser entendida é que vários tipos diferentes de tumor podem aparecer no cérebro, nem todos eles sendo tumores cerebrais. Na verdade, metade (50%) dos tumores que são diagnosticados no cérebro são originários de outros lugares no corpo que mandaram células para o cérebro. Nesses casos a quimioterapia vai ser direcionada para o tumor primário, sendo na maioria dos casos a quimioterapia clássica que todos conhecem.

 

Os tumores primários cerebrais (tumores que nasceram no cérebro, originários das próprias células cerebrais) são diferentes. Apesar de também serem vários tipos diferentes de tumores, cada um originado de um dos tipos de células que existem no cérebro, em geral são tratados com a temozolamida.

 

A temozolamida é um medicamento oral (cápsulas) anticancerígeno inicialmente aprovado para de gliomas de alto grau, como o glioblastoma (GB). Este tipo de tumor cerebral é altamente agressivo, caracterizado por um crescimento rápido e uma baixa taxa de sobrevida, mesmo após tratamentos convencionais como cirurgia e radioterapia. Entretanto, hoje em dia a temozolamida é utilizada para os outros vários tipos de tumores cerebrais, mesmo que menos malignos.

 

Esse medicamento tem como grande vantagem o fato de ser um comprimido, que pode ser tomado em casa, não sendo necessário que o paciente vá ao hospital ou clínica para fazer tomar a medicação. Além disso, tem um perfil de efeitos colaterais bem mais tolerável do que a quimioterapia tradicional, apesar de poder gerar mal estar gástrico, vômitos, diarreia, fraqueza, alteração de visão, sangramento nas fezes, confusão mental, alteração de deglutição, entre outros. Alguns desses sintomas podem ser transitórios, aparecendo mais no inicio do tratamento, até o organismo se adaptar com os efeitos da droga. Em caso de efeitos colaterais mais relevantes ou persistentes pode ser necessário avaliação médica e até mesmo internação.

 

A maneira de tomar a temozolamida pode também variar, em geral tendo uma dose de ataque, usada durante em conjunto com a radioterapia, e uma dose de manutenção, que geralmente dura 6 ciclos. Cada ciclo de medicação é constituído de 5 dias consecutivos tomando a medicação (1 ao 5 dia), seguido de interrupção por 28 dias. Em casos de pacientes refratários ou mesmo de boa resposta com longa sobrevida esse protocolo pode ser estendido, mantendo o paciente tomando a medicação por tempo indeterminado.

 

É importante lembrar que não se trata de uma medicação milagrosa, ainda estendendo pouco a sobrevida dos pacientes com glioblastoma. Também não se trata de uma cura, apenas controle de progressão da doença, que inevitavelmente em algum momento vai parar de fazer efeito e o paciente vai ter evolução da doença. Estima-se na verdade que apenas 25% dos pacientes tenham uma boa resposta a Temozolamida, com detalhe especial para uma mutação no gene da proteína MGMT, que aumenta a taxa de resposta para cerca de 68% dos pacientes.

 

Os tumores cerebrais ainda são uma grande desafio para o tratamento oncológico, contando com poucas opções terapêuticas e resultados ainda tímidos. Neste contexto, a temozolamida é uma grande ferramenta no tratamento, sendo a única droga até o momento que demonstrou aumento de sobrevida e melhora do prognóstico dos pacientes.

 

Resumindo, uma equipe multidisciplinar, contando com neurocirurgião, radioterapeuta, oncologista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicologista e outros profissionais é fundamental para bom tratamento desses pacientes, já que não temos um medicamento ou procedimento ultra eficaz. A cirurgia ainda é parte indispensável para melhora da sobrevida, sendo na maioria das vezes associada a radioterapia e a quimioterapia com temozolamida. Entretanto, o tratamento desses paciente envolve todos os outros profissionais citados devido as alterações cerebrais geradas pelo tumor e até mesmo pelo tratamento. Dessa forma, a manutenção da qualidade de vida dos pacientes é o maior objetivo, e exige um grande esforço coletivo, não só de profissionais da saúde, mas também de familiares e amigos do paciente.

 

 

Dr. Matheus Bannach – Neurocirurgião

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