A partir de 1º de fevereiro de 2025, os goianos enfrentarão mais uma alta nos preços dos combustíveis, com o governo de Ronaldo Caiado implementando o aumento do ICMS. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) será elevado em R$ 0,10 por litro de gasolina e R$ 0,06 por litro de diesel. Com a nova alíquota, o preço médio da gasolina e do diesel deve atingir R$ 1,47 e R$ 1,12, respectivamente.
A decisão de Ronaldo Caiado de implementar o aumento recai diretamente sobre os consumidores de Goiás, uma vez que a medida foi aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) em 2024, mas é de responsabilidade do governo estadual a implementação. No entanto, os efeitos dessa medida vão além do impacto imediato no bolso dos goianos.
A análise crítica: uma decisão polêmica
O aumento do ICMS é uma medida fiscal necessária para aumentar a arrecadação do estado, mas ao mesmo tempo, gera críticas e preocupações por parte da população e de setores chave da economia local. Entre os mais afetados, estão o agronegócio e o setor de transporte, que dependem de combustíveis mais baratos para manter a competitividade e garantir a continuidade das operações.
O etanol, um combustível amplamente utilizado no estado, também sofreu alta de R$ 0,14 em janeiro, alcançando o preço médio de R$ 4,30, o maior da região Centro-Oeste. Essa alta geral nos preços dos combustíveis não apenas afeta o custo de vida da população, mas também compromete a viabilidade econômica de diversos setores da economia local.
O apoio da Assembleia Legislativa e a reação da oposição
A medida foi aprovada na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) com 21 votos favoráveis e 4 contrários. Bia de Lima (PT), Major Araújo (PL), Gustavo Sebba (PSDB) e Antônio Gomide (PT) foram os deputados que se opuseram ao aumento, citando os efeitos negativos sobre a população goiana, especialmente em tempos de inflação e dificuldades econômicas.
A decisão do governo estadual não apenas reflete uma postura fiscal rigorosa de Ronaldo Caiado, mas também destaca a falta de alternativas que poderiam aliviar a pressão sobre a população e o setor produtivo. Embora a justificativa oficial seja garantir os recursos necessários para o funcionamento do estado, muitos questionam se o aumento de impostos é a melhor solução, especialmente quando a qualidade dos serviços públicos ainda é um ponto de insatisfação.
A reação popular e os impactos a longo prazo
O aumento do ICMS é um reflexo da dificuldade fiscal do estado, mas, ao mesmo tempo, gera um forte descontentamento da população, que vê na alta dos combustíveis mais um fator de desigualdade social. Além disso, o repasse automático do aumento aos consumidores pelos postos de combustíveis agrava ainda mais os impactos diretos dessa medida, que se torna um fardo adicional para os goianos, em um contexto de diminuição do poder aquisitivo e aumento do custo de vida.
Ronaldo Caiado defende que o aumento do ICMS é fundamental para preservar a saúde fiscal do estado e garantir a continuidade das políticas públicas. Contudo, a insatisfação popular cresce, principalmente quando a falta de qualidade nos serviços públicos é um tema recorrente no estado.
O que vem pela frente?
O aumento do ICMS e suas consequências para a população e os setores da economia local serão pontos centrais de discussão nos próximos meses. Com as eleições estaduais se aproximando, o impacto dessa decisão pode influenciar diretamente o clima político em Goiás, especialmente à medida que a insatisfação popular cresce.
O que você pensa sobre o aumento do ICMS em Goiás? Você acha que a decisão de Ronaldo Caiado é justa para a população goiana? Deixe sua opinião nos comentários!