Queimadas no Brasil expõem despreparo do governo Lula, e especialistas internacionais alertam para falhas graves

Com aumento alarmante de focos de incêndio, o governo Lula enfrenta críticas severas por falta de planejamento e prevenção

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O Brasil vive uma das piores crises ambientais dos últimos anos, e o governo do presidente Lula (PT) está sob fogo cruzado. Com queimadas devastando biomas como a Amazônia, Cerrado e Pantanal, Lula admitiu recentemente que o governo federal “não estava 100% preparado” para lidar com o volume de incêndios registrados. A fala veio durante uma reunião com os presidentes do Senado e do STF, mas não diminuiu a pressão sobre o governo, que é amplamente criticado pela falta de estratégias preventivas eficazes.

Até o momento, mais de 159 mil focos de incêndio foram registrados no país, um aumento de 100% em comparação ao mesmo período de 2023, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Só na Amazônia, mais de 6,7 milhões de hectares foram destruídos até setembro de 2024. No Pantanal, o número de queimadas é o maior em 14 anos, atingindo áreas cruciais para a biodiversidade​.

Mesmo com a liberação de R$ 514 milhões para o combate aos incêndios, especialistas apontam que a resposta do governo foi tardia e mal coordenada. Críticos destacam que, além de não haver uma política preventiva clara, a coordenação entre os ministérios e as forças de combate às queimadas tem sido insuficiente​.

Críticas de especialistas internacionais

A falta de uma estratégia robusta de combate às queimadas no Brasil também tem gerado reações de especialistas de fora do país. O ambientalista norte-americano Michael Mann, professor da Universidade da Pensilvânia, afirmou que a resposta lenta do governo brasileiro às queimadas é “um grave erro estratégico”, dado o histórico de incêndios florestais no país. Segundo Mann, o Brasil deveria ter se preparado antecipadamente, especialmente após os alertas emitidos no início do ano sobre o aumento do risco de incêndios devido às mudanças climáticas​.

A francesa Laureano Borel, especialista em políticas climáticas e consultora da ONU, também criticou a gestão ambiental de Lula. Segundo Borel, o Brasil tinha a oportunidade de se consolidar como líder em políticas ambientais com a eleição de Lula, mas as queimadas demonstram que o país “ainda carece de coordenação e preparo adequado para enfrentar crises climáticas como essas”. Ela destaca que a falta de prevenção é uma das maiores falhas do governo atual​.

Análise Crítica: Falhas do governo Lula expõem fragilidade na gestão ambiental

Se o governo Bolsonaro foi amplamente criticado por sua gestão das queimadas, o governo Lula não parece ter aprendido com os erros do passado. A admissão de Lula sobre o despreparo de sua administração para lidar com os incêndios, somada ao aumento exponencial dos focos de queimada, sugere que as promessas de fortalecimento da política ambiental não estão sendo cumpridas.

Além disso, a postura discreta da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que sempre foi uma das principais vozes na defesa da Amazônia, levanta questões sobre a real eficácia da equipe de Lula. Figuras que antes criticavam abertamente a gestão ambiental do governo Bolsonaro, como artistas e celebridades, agora permanecem em silêncio diante de uma situação igualmente crítica​,

Apesar dos recursos liberados e das ações tardias, a resposta do governo parece insuficiente para conter a crise. A comunidade internacional, assim como ambientalistas no Brasil, aguardam por ações mais concretas e uma política ambiental que esteja à altura dos desafios enfrentados pelo país.

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